Tricolor encerra primeira rodada da Segundona na terceira posição
O confronto entre o itinerante Ituiutaba, que se despedia do nome da cidade do Triângulo Mineiro, e o Paraná Clube, em Varginha, cidade do interior de Minas Gerais famosa pela supostas aparições alienígenas, fechou de forma melancólica a rodada de abertura da Série B do Campeonato Brasileiro.
Antes de a bola rolar, o retrospecto recente das duas equipes não animava muito. Afinal, o jogo colocava frente a frente o atual campeão da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro e a segunda pior equipe do último Campeonato Paranaense – posto que rebaixou o Tricolor.
Jogando a cerca de 700 quilômetros de sua cidade original, o time mandante oficializará na próxima semana a mudança para Varginha e a adoção do nome Boa Esporte Clube – que será utilizado até a conclusão de seu novo estádio em Ituiutaba. O novo batismo é uma homenagem à origem da equipe, que se chamava Boa Vontade na época da fundação, em 1947.
Mais um representante da recente moda de clubes itinerantes do futebol brasileiro, seguindo o exemplo de Grêmio Barueri (que jogou uma temporada e meia em Presidente Prudente como Grêmio Prudente) e Americana (que já foi Guaratinguetá), o Ituiutaba queria marcar a mudança de nome com uma ‘boa’ vitória. Mas pouco demonstrou em campo para justificar suas pretensões.
Pelo contrário, foi o desentrosado Paraná, mesmo com seis estreantes (Zé Carlos, Lisa, Cris, Leandro Oliveira, Wellington e Thiago Santos) na equipe titular, que criou as melhores chances de tirar o zero do placar. A favor do Tricolor pesou o talento do garoto Kelvin, que primeiro deixou Léo na cara do gol – o atacante não alcançou a bola – e depois aproveitou bobeada do zagueiro para entrar na área e parar na eficiente saída do goleiro Luiz Henrique. Foram os dois únicos lances realmente perigosos dos 45 minutos iniciais.
Segundo tempo com falhas e gols
Se as duas equipes pouco criavam, o Ituiutaba encontrou nas bolas alçadas na área paranista as oportunidades que faltavam para abrir o marcador. E foi desta forma que o gol saiu. Na primeira chance, Jackson cabeceou para a rede, mas a arbitragem acertou ao marcar impedimento.
Mas na jogada seguinte, um verdadeiro show de erros resultou no gol dos donos da casa. Luciano Castán furou, Zé Carlos saiu mal do gol e Paulão, impedido, só teve o trabalho de empurrar para as redes. A arbitragem desta vez, não anulou a jogada irregular.
Só que o Paraná era um pouco melhor e correu atrás do empate. Que veio pelos pés de Kelvin, que aproveitou bate-rebate na área para chutar forte para o gol, igualando o placar na metade da segunda etapa.
O gol da virada não demorou e foi quase uma repetição do primeiro. A diferença foi que o rebote veio pelo alto, e Léo teve pouco trabalho para completar, de cabeça, para o gol vazio.
Neste momento, o Paraná já tinha em campo o meia Kerlon, o ‘Foquinha’, que voltou aos gramados após mais de dois meses afastado por lesão e fez sua quarta partida pela equipe tricolor. E ainda deu tempo para Ricardo Pinto promover mais uma estreia, a do zagueiro Amarildo, tentando segurar o placar favorável. Missão que foi cumprida pela equipe, apesar da pressão dos mandantes que se despediram com derrota do nome utilizado pelo clube por quase 64 anos.
Luiz Henrique, Jackson, Carciano, Thiago Carvalho e Juliano Santos; Marconi (Marco Antônio), Olívio (Maranhão), Claudinei e Jean Cléber; Júlio César (Marcilei) e Paulão. | Zé Carlos, Lisa, Luciano Castan, Cris e Lima; Serginho, Leandro Oliveira (Anderson), Wellington (Amarildo) e Thiago Santos (Kerlon); Kelvin e Léo. |
Técnico: Nedo Xavier. | Técnico: Ricardo Pinto |
Gols: Paulão, aos 17, Kelvin, aos 22, e Léo, aos 28 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Olívio (Ituiutaba); Leandro Oliveira, Wellington, Serginho, Lisa e Kelvin (Paraná). | |
Local: Estádio Dilzon Luiz de Melo. Data: 21/5/2011. Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF), auxiliado por Luciano Benevides de Sousa e Ciro |
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