sexta-feira, 24 de junho de 2011

PARANÁ JOGOU MAIS OU MENOS, VENCEU O ICASA POR 2X0 E ASSUMIU A LIDERANÇA


Tricolor torce contra Ponte Preta e Portuguesa, que jogam sábado, para seguir na ponta. Lima e Jefferson Maranhão fazem os gols
O Paraná venceu o Icasa por 2 a 0 na noite desta sexta-feira, na Vila Capanema, e assumiu a liderança - pelo menos provisória - da Série B do Campeonato Brasileiro. Lima e Jefferson Maranhão fizeram os gols do Tricolor que, no sábado, torcerá contra Ponte Preta e Portuguesa. Se ambos não vencerem, os paranaenses seguem na ponta.
O jogo desta sexta-feira foi marcado pela superioridade tricolor, que dominou o primeiro tempo e boa parte do segundo. A equipe de Roberto Fonseca tocava bem a bola e abriu a vantagem na etapa inicial. O Icasa voltou melhor no segundo tempo e teve boas chances para descontar, mas as desperdiçou.
Lima comemora gol do Paraná contra o Icasa (Foto: Ag. Lance)Lima comemora primeiro gol do Paraná Clube. Jefferson Maranhão fez o outro (Foto: Ag. Lance)
Na próxima rodada, o Paraná visita o Vitória, às 21h50m de terça-feira, dia 28, no Estádio do Barradão. No mesmo dia e horário, o Icasa recebe o ASA no Romeirão.
Paraná domina e sai na frente
O primeiro tempo foi de total domínio do Paraná Clube, que tocava bem a bola e assustava o goleiro Marcelo Pitol com cruzamentos para a área. A pressão era tão grande que o gol saiu logo aos16 minutos. O lateral-esquerdo Lima aproveitou falha da defesa do Icasa e chutou cruzado. O goleiro da equipe cearense ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.
Mesmo com a vantagem no placar, o Paraná seguiu melhor. O volante Cambará, estreante da noite, ameaçou em duas oportunidades. Na primeira, em chute da entrada da área. Na segunda, de dentro, após rebote da defesa adversária. As duas finalizações foram para fora. O zagueiro Amarildo, de cabeça, também assustou Marcelo Pitol. A superioridade tricolor era tão grande que os atacantes do Icasa, Fábio Lopes e Ribinha, praticamente não tocaram na bola na etapa inicial.
Quando o ritmo do jogo caiu e o placar parecia que não mudaria antes do intervalo, o meia Wellington ajeitou para o atacante Jeffferson Maranhão, que bateu rasteiro, no canto do goleiro. Paraná 2 a 0.
Icasa equilibra o jogo, mas não marca
O segundo tempo começou bem diferente do primeiro. O Icasa, que na etapa inicial não ameaçou o gol de Zé Carlos, quase descontou aos dois minutos, quando, após cruzamento da esquerda, Fábio Lopes desperdiçou ótima oportunidade. O lance era um sinal do que seriam os primeiros minutos. Com boa troca de passes e velocidade, o time cearense era mais perigoso e, em alguns momentos, chegou a dominar a partida.
O técnico Roberto Fonseca percebeu a superioridade adversária e mudou. Ele tirou Jéfferson Maranhão, com dores no estômago, e Cambará, cansado, para as entradas de Diego e Luiz Camargo. O Paraná cresceu. Aos 25, o lateral Júlio César bateu de esquerda - a perna "ruim" - e acertou o travessão.
O embalo do Icasa acabou. O Paraná controlava a partida, trocava passes no ataque e, quando o adversário ameaçava, a defesa tricolor levava a melhor. Os últimos 20 minutos foram marcados por tentativas frustradas da equipe cearense de descontar. Melhor para o Tricolor, que dorme na liderança da Série B.
PARANÁ CLUBE 2 X 0 ICASA
Zé Carlos; Júlio César, Amarildo, Luciano Castán e Lima; Júnior Urso, Cambará (Luiz Camargo), Everton Garroni e Wellington (Leandro Silva); Jéfferson Maranhão (Diego) e Giancarlo.Marcelo Pitol; Dodó, Ramon, Luís Henrique e Janilson (Vanderson); Vinícius, Marino, Elielton (Preto) e Diego Palhinha; Fábio Lopes e Ribinha (Marciano)
Técnico: Roberto FonsecaTécnico: Dado Cavalcanti
Gols: Lima aos 16 e Jefferson Maranhão aos 43 minutos do primeiro tempo.
Cartões Amarelos: Cambará, Jéfferson Maranhão (Paraná), Luís Henrique, Elielton e Diego Palhinha (Icasa).
Data: 24/06/2011 Local: Vila Capanema.
Público pagante: 8.983  Renda: R$ 172.610,00
Árbitro: Edmundo Alves do Nascimento, auxiliado por  Juliano Fernandes da Silva e Rosnei Hoffmann Scherer.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

SANTOS, SANTÁSTICO! - TRI CAMPEÃO DA LIBERTADORES! SANTOS VENCEU O PENÃROL POR 2X1 E CONQUISTOU O TRICAMPEONATO DA LIBERTADORES! - VIVA O PEIXE!


22/06/2011 23h55 - Atualizado em 23/06/2011 00h00

Neymar brilha, meninos da Vila fazem história e Peixe leva tri da Libertadores

No Pacaembu lotado, joia brilhou e marcou um dos gols que deu ao Santos o segundo caneco do ano e o direito de brigar pelo título mundial em dezembro

Por Adilson Barros e Julyana TravagliaSão Paulo
Um esquadrão branco, infernal, que tomou a América de assalto. Com um ataque genial, imprevisível, artilheiro. Muitas vezes, o Santos foi descrito assim nos anos 60, quando Pelé e seus companheiros chacoalharam a América. O mesmo texto agora, 48 anos depois, serve para o time de Neymar, Ganso, Elano, Léo, Dracena, Arouca, Durval, Rafael. Sim, senhoras e senhoras: o Santos é, novamente, campeão da Taça Libertadores. Tricampeão.
A noite ficará guardada na memória de cada santista. A vitória, por 2 a 1, num Pacaembu apinhado, branco, cheio de santistas com lágrimas nos olhos, ainda teve Pelé vibrando como esse estivesse em campo. Do seu camarote, o rei de todos os tempos socava o ar como se um dos gols tivesse sido marcado por ele.
O Peixe e sua nova geração de ouro caminha a passos largos para ser campeão de tudo em 2011. No início do ano, manteve a supremacia em São Paulo. Agora, tornou-se rei da América. O terceiro passo poderá ser dado em dezembro, quando a equipe de Muricy Ramalho terá o Mundial de Clubes da Fifa pela frente. Será a chance de poder ver um dos duelos mais aguardados do futebol mundial: Neymar x Lionel Messi.
Primeiro tempo de domínio santista, mas faltou calibrar o pé
Buscando acabar logo com o nervosismo e a angústia das arquibancadas, o Santos entrou em campo querendo um gol rápido. Os comandados de Muricy Ramalho acreditavam que, na pressão, o Peñarol se abriria. Puro engano. Apesar de boas investidas e jogadas inspiradas de Ganso, que andou acertou ótimos passes, faltou o chute certo. Os números dos primeiros 45 minutos ratificaram o domínio santista. O Peixe teve 67% de posse de bola, contra 33% do seu rival. Foram oito arremates ao gol uruguaio, contra apenas um dos carboneros.
ze eduardo love santos x peñarol (Foto: Reuters)Zé Eduardo disputa a bola com os defensores do Peñarol durante o primeiro tempo  (Foto: Reuters)
O primeiro lance de perigo veio em chute de fora da área de Elano, que exigiu grande defesa de Sosa. Neymar também teve chance, após passe precioso de Ganso, mas furou. O astro santista esteve sempre cercado por três jogadores. Gingava de um lado para o outro sem conseguir abrir o espaço. À medida que o tempo passava e o gol não saía, o Pacaembu ia murmurando, apreensivo. Léo também teve uma oportunidade ao invadir a área, com o goleiro batido, e errar o alvo. Durval, duas vezes de cabeça, também ameaçou. Sosa ainda brilhou em cobrança de falta de Elano da entrada da área.
O Peñarol, limitado tecnicamente, se resumia a bloquear as investidas do adversário. Segurava o Santos, tentava encaixar um contra-ataque, que não veio em toda a primeira etapa. Assim, amornou o jogo. O Peixe murchou, perdeu o ritmo e passou a errar alguns passes, Arouca, principalmente.
Mas quem disse que seria fácil? É final de Taça Libertadores.
Neymar marca no início do segundo tempo e leva o Pacaembu ao delírio
E aí vem Arouca, em desabalada carreira. Uma arrancada mágica, uma tabela esperta com Ganso, que passa para Neymar, que, enfim, soltava o grito preso na garganta do torcedor nas arquibancadas. Apenas dois minutos de jogo. Neymar, histórico. Um gol que vai ser lembrado para sempre pelos santistas. O gol que abriu caminho para o tricampeonato. 
Neymar gol Santos x Peñarol (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Neymar comemora o gol diante do banco do Peñarol, que só lamenta  (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Em seu camarote no Pacaembu, Pelé vibrava, reverenciando seu sucessor. Em campo, o craque alvinegro chupava o dedo, homenageando Mateus, que chega em novembro. O filho do ídolo santista vai nascer campeão continental. Pé quente!
O jogo continuou. Claro. Faltavam ainda longos minutos. Nas arquibancas se abraçavam e choravam. Não dava para fazer os ponteiros correrem mais rápido? Não dava. Então, o Peixe tratava de dar as cartas em campo.
A diferença técnica entre os times era gritante. O Santos, agora, tinha espaços para matar o jogo. O Peñarol tinha dificuldades para sair jogando. Não parecia possível que o título escaparia. Absolutamente.
O Santos continuava em cima, muito melhor, trocando passes, colocando os uruguaios na roda. Nas arquibancas, locura total. Então, Danilo arrancou pela direita, deixou o marcador para trás, cortou para dentro e entrou para a história. Pé esquerdo, canto direito do goleiro. Nova explosão no Pacaembu. Choro, abraços. O título estava mais próximo.
- Agora, ninguém tira mais – berrou Léo num microfone à beira do campo.
Gol contra de Durval e pancadaria no final
Mas como nada com o Santos é fácil. O Peñarol mostrou suas garras. Numa escapada pela direita, a bola cruzada, desvia em Durval, que tentou rebater e entra. Seria possível? Como em 2005, quando defendia o Atlético-PR, na final da Libertadores contra o São Paulo, o Rei do Sertão marcara um contra.
Foi apenas um susto passageiro. Logo o Peixe retomou o dominio e teve até chances para marcar mais gols. Não precisou. No final, uma cena que não precisava ocorrer: jogadores das duas equipes trocaram agressões em campo, diante de uma Polícia Militar que pouco fez para conter os brigões. Nada, no entanto, que acabasse com o brilho da conquista do Peixe.
Parabéns, Santos e santistas. A América, de novo, é de vocês.
SANTOS 2 X 1 PEÑAROL
Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo.Sosa; González (Albín), Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera.
Técnico: Muricy RamalhoTécnico: Diego Aguirre
Gols:Neymar, a 1min e Danilo, aos 23min e Durval (contra), aos 34min do 2º tempo
Cartões amarelos: Neymar e Zé Eduardo (Santos); González e Corujo (Peñarol)
Renda e Público: R$ 4.266.670,00 / 37.894 pagantes
Data: 22/06/11. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG). Auxiliares: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG).